Concederam-lhe foral D. Afonso Henriques, D. Sancho I, D. Sancho
II e D. Manuel.
A parte mais antiga está no ponto mais alto, onde os Templários
construíram uma cerca com uma torre de menagem. A esta
estrutura é mais tarde adicionada uma outra, ritmada por torres,
com dois recintos desnivelados. O primeiro inclui uma cisterna e
a Igreja de Santa Maria. Na parte baixa, rasga-se a porta
principal da cerca. Fora de muros, o povoado primitivo em torno
da Capela de S. Miguel, pequeno tesouro da arquitectura
românica, é defendido por uma cerca baixa. Sobranceira ao
aglomerado, hoje em ruínas, ergue-se a Torre do Pião.
Fundada pelos romanos em finais do séc. I a.C. e elevada a
município cerca de um século mais tarde, a cidade sobrevive às
invasões dos povos germânicos. Com os suevos torna-se sede de
bispado, estatuto que mantém com os visigodos. A este período
remete uma das suas lendas mais conhecidas, a do Rei
Wamba.
A invasão muçulmana, no início do século VIII e as subsequentes
guerras da reconquista cristã trouxeram consigo um sério revés ao
desenvolvimento da cidade.