VI TTransGeopark é já uma referência nacional no todo terreno ambiental
Quem experimenta quer sempre voltar. Não é de
estranhar que na sexta edição do TTransGeopark, um fim-de-semana de
todo terreno turístico organizado pela Casa do Forno de Salvaterra
do Extremo em parceria com o Geopark Naturtejo, tenham estado
presentes participantes oriundos de diferentes regiões do país pela
quarta vez consecutiva. Como é salientado pela prestigiada revista
da especialidade Auto-Hoje TT & Aventura, o TTransGeopark
distingue-se pela sua preocupação ambiental, pela forte abordagem
cultural e pela grande família que tem constituído ao longo das
suas edições. Ano após ano esta revista acompanha com particular
destaque a evolução deste evento, que traz sempre novos percursos
pelo território classificado sob os auspícios da UNESCO e novas
experiências que permitem conhecer a cultura local. João Geraldes,
um dos mentores do projecto e seu principal impulsionador congrega
na organização toda a família, desde seus pais afamados boleiros
dos tempos da Geo-padaria Casa do Forno, irmã e cunhado na
logística da organização, à sua mulher e filha de quatro anos, nos
reconhecimentos das etapas. E esta organização familiar estende-se
às entidades envolvidas no sucesso da organização e aos próprios
participantes, que se sentem em casa. Este ano, o TTransGeopark
contou com o apoio do Município e Junta de Freguesia de Penamacor,
integrando a estratégia de integração deste Município nas dinâmicas
e estratégias do Geopark Naturtejo. Em Penamacor, os participantes,
sempre em número restrito por limitações de pegada ecológica, foram
muito bem recebidos com uma visita guiada à Torre de Menagem e com
um repasto matinal em que não faltaram produtos com o selo de
qualidade "Terras de Lince". De forma inédita, e atendendo aos
propósitos de educação ambiental do TTransGeopark e de valorização
das paisagens e dos patrimónios, a manhã foi passada na Reserva
Natural da Serra da Malcata a cargo da Dr.ª Manuela Fernandes, que
introduziu a comitiva aos segredos desta Área Protegida em plena
Cordilheira Central ibérica envolta no intenso nevoeiro que se
fazia sentir. Rui Marcelo e Anabela, na casa de campo Moinho do
Maneio, acolheram o grupo com toda a sua simpatia e produtos de
excepcional qualidade para um almoço na margem do Bazágueda. Daí
seguiu-se uma visita ao Vieiro das Gralhas, próximo de Salvador,
outro acontecimento inédito muito apreciado, pois deverá ter sido a
primeira vez em mais de 100 anos que estas minas que remontam à
Idade do Ferro terão sido visitadas por tão numeroso grupo de
pessoas. Não menos rara e deslumbrante foi a visita ao lugar hoje
desabitado de Pomar, onde foi relembrado o famoso romance "A Noite
e a Madrugada", de Fernando Namora, e as histórias aí descritas
nesta povoação fossilizada no tempo. Como já é habitual, a comitiva
chegou ao final da tarde, pelos caminhos tingidos de rosmaninho de
Toulões, à histórica Salvaterra do Extremo, onde pernoitou. Leonor
e António Geraldes e Rita Ferreira esperavam os participantes com
toda a sua simpatia e engenho nas artes culinárias, sem nunca
transparecer a directa que fizeram para ter tudo bem
organizado.
A manhã seguinte, primaveril,
sempre acompanhada pelas explicações de Carlos Neto de Carvalho, do
Geopark Naturtejo, foi passada entre o Ladoeiro e Cebolais de Cima,
descendo o magnífico rio Ponsul. Nas suas margens não faltaram
veados, abelharucos, cegonhas e grifos, entre vegetação luxuriante
de cores, que tanto impressionaram os visitantes. A adega "Alto
Tejo" fechou a etapa de domingo com uma prova dos seus vinhos de
referência e já premiados, que entusiasmou os participantes na
compra de numerosas garrafas. O almoço foi ali mesmo servido na
vinha pela Casa do Forno, onde não poderia faltar a frescura do
Rosé e do Branco do Alto Tejo.
Para reduzir a pegada ecológica dos
participantes na VI edição do TTransGeopark serão plantadas
espécies autóctones na área da Reserva da Malcata no período de S.
Martinho e será programado pela Casa do Forno um fim-de-semana à
volta da castanha, que a grande maioria dos participantes já disse
não querer perder. As inscrições, como sempre por questões
ambientais e afectivas, serão limitadas.