História, monumentos e tradições foram tema de workshop
Partir à descoberta da história,
monumentos e tradições do Ladoeiro, no concelho de Idanha-a-Nova,
foi a proposta de um workshop que decorreu no passado sábado, dia
19 de abril.
Dezenas de pessoas aceitaram o
desafio e foram guiadas pelo investigador António Maria Romeiro
Carvalho, natural do Ladoeiro, numa visita ao património
histórico-cultural da freguesia.
No arranque do workshop, o presidente
da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, desafiou António
Romeiro Carvalho a registar em livro o resultado das suas
investigações e manifestou o interesse da autarquia em apoiar o
projeto.
"Temos o dever de preservar as
heranças que recebemos dos nossos avós, até porque acreditamos que
o nosso vasto património pode ser fator de criação de riqueza,
emprego e desenvolvimento sustentado", afirmou Armindo Jacinto.
Também o presidente da Junta de
Freguesia de Ladoeiro, Gonçalo Costa, sustentou a importância
destes eventos para o reavivar da memória e das tradições
locais.
A atividade iniciou-se com a
análise da toponímia das ruas do Saco e da Porta, usadas como
exemplos do processo popular de nomeação de lugares. António
Romeiro Carvalho quis demonstrar que muitos lugares do Ladoeiro têm
toponímia fenício-cananita, cuja origem remonta à presença daquele
povo na Península Ibérica, onde durante dois séculos ter-se-á unido
aos lusitanos na luta contra os romanos.
Durante a tarde escutaram-se relatos
históricos junto de vários monumentos e locais emblemáticos da
freguesia. Visitou-se a casa onde morou o famoso ladrão José Tomé,
que terá vivido no final do XIX e início do século XX; a Fonte
Grande; a Capela do Espírito Santo; a Fonte das Pias, que até
inícios do século XX foi uma das principais zonas de pastos comuns
e campos abertos no concelho de Idanha-a-Nova; o Cemitério Velho e
a Igreja Matriz.
O workshop foi uma organização
conjunta da Junta de Freguesia de Ladoeiro e do Clube de
Praticantes de Actividades Outdoor, com apoio do Município de
Idanha-a-Nova.